UFES_ finzím de inverno.
Lendo o blog do Lelo deu vontade de escrever um monte de coisa, sair por aí falando e falando e discutindo... mas ainda tô meio desanimada da net.. Depois de uma boa experiêcia com esse espaço (que teve que ser deletado por pura auto-censura e falta de grana pra pagar possíveis processos... ) voltei a usar isso aqui, mas deixando claro que não vou postar 3x por semana!! Me exorcizei do Malini!!! rs rs
Estava pensando hj... As pessoas sempre falam mal da Mídia, (lógico que tem muita coisa que realmente dá motivo, aliás, a maioria das coisas.. vergonha em dizer isso.) mas é incrível como todos querem aparecer. Imagine.. final da greve dos servidores, alunos atrasados com o "vai não vai" da prof com Síndrome do Pânico (coisas que só a federal pode oferecer rs) e nós (Mari, João e eu) com uma câmera, uma proposta de pauta e muito atraso andando pela UFES. Biblioteca para entrevistar os mais prejudicados com a falta de livros no período da greve.. aí blz. Um supersimpático da Engenharia da Computação e a matéria engatando. Um pouco mais à frente fomos ao RU, esse sim faz falta pra maioria dos estudantes, gasta-se cerca do triplo com os restaurantes em Jardim da Penha.
Andar com uma câmera na mão chama atenção de todo mundo, alguns fizeram questão de apressar o passo para serem filmados na frente da biblioteca, outros ficavam dando tchauzinho, e pasme, não era um protesto, era para aparecer mesmo! As pessoas fazem pose, empinam os corpos e te olham diferente. Peça licença à um estudante de universidade com fome ao meio dia numa fila enorme. Depois pegue uma câmera e peça com o mesmo tom de voz. A reação é diferente, pode acreditar. Pensei em quantas Macabéa's estavam alí me olhando, escondidinhas e com um gosto de glória por ter uma câmera varrendo o lugar em que estavam. E não me prendo às individualidades, aos sonhos de tantas alí que por não serem garotas-padrão não puderam ser paquitas, BBB's, mocinhas ou até garotas de programa (modinha) na novela das oito. As reações coletivas tb me chamaram atenção. O espaço no próprio grupo foi disputado, um andar mais rápido de um, a cabeça mais inclinada do outro, a pose de machão ou de garota feliz e descolada. Me pareceu que passar na frente da câmera correspondia à um portal, talvez um buraco negro que engolia as pessoas e seus valores por segundos. As pessoas se transformaram, e poucos passos depois, quando eu desligava a câmera e abaixava elas voltavam ao normal.
Tô assustada. Até mesmo um militante velho conhecido lá da UFES, que prega uma revolução nos meios de Comunicação deu uma leve arrumada no cabelo para aparecer num melhor ângulo. Um provável futuro engajadinho que vai trabalhar nos meios mais tradicionais da capital. Já tive bons exemplos desses entre os meus veteranos, o que me leva à pensar... será que é isso então? A Universidade é só um período de piração para adaptação da realidade? A gente entra lá pra saber de umas meias verdades do mundo, pirar com ela, pois sim, ela é muito sinistra, e depois ver uma forma de melhor se adequar à ordem vigente? Onde foram parar meus sonhos? E por que as pessoas gostam tanto de aparecer? A mudança é muito boa, pois nos leva pra mais próximo do poder. Talvez seja essa a mudança que motiva as pessoas, as lutas, a maior parte delas luta mesmo, mas para se encaixar, pra ver se consegue uma bocadinha. Triste não?
=/
Estava pensando hj... As pessoas sempre falam mal da Mídia, (lógico que tem muita coisa que realmente dá motivo, aliás, a maioria das coisas.. vergonha em dizer isso.) mas é incrível como todos querem aparecer. Imagine.. final da greve dos servidores, alunos atrasados com o "vai não vai" da prof com Síndrome do Pânico (coisas que só a federal pode oferecer rs) e nós (Mari, João e eu) com uma câmera, uma proposta de pauta e muito atraso andando pela UFES. Biblioteca para entrevistar os mais prejudicados com a falta de livros no período da greve.. aí blz. Um supersimpático da Engenharia da Computação e a matéria engatando. Um pouco mais à frente fomos ao RU, esse sim faz falta pra maioria dos estudantes, gasta-se cerca do triplo com os restaurantes em Jardim da Penha.
Andar com uma câmera na mão chama atenção de todo mundo, alguns fizeram questão de apressar o passo para serem filmados na frente da biblioteca, outros ficavam dando tchauzinho, e pasme, não era um protesto, era para aparecer mesmo! As pessoas fazem pose, empinam os corpos e te olham diferente. Peça licença à um estudante de universidade com fome ao meio dia numa fila enorme. Depois pegue uma câmera e peça com o mesmo tom de voz. A reação é diferente, pode acreditar. Pensei em quantas Macabéa's estavam alí me olhando, escondidinhas e com um gosto de glória por ter uma câmera varrendo o lugar em que estavam. E não me prendo às individualidades, aos sonhos de tantas alí que por não serem garotas-padrão não puderam ser paquitas, BBB's, mocinhas ou até garotas de programa (modinha) na novela das oito. As reações coletivas tb me chamaram atenção. O espaço no próprio grupo foi disputado, um andar mais rápido de um, a cabeça mais inclinada do outro, a pose de machão ou de garota feliz e descolada. Me pareceu que passar na frente da câmera correspondia à um portal, talvez um buraco negro que engolia as pessoas e seus valores por segundos. As pessoas se transformaram, e poucos passos depois, quando eu desligava a câmera e abaixava elas voltavam ao normal.
Tô assustada. Até mesmo um militante velho conhecido lá da UFES, que prega uma revolução nos meios de Comunicação deu uma leve arrumada no cabelo para aparecer num melhor ângulo. Um provável futuro engajadinho que vai trabalhar nos meios mais tradicionais da capital. Já tive bons exemplos desses entre os meus veteranos, o que me leva à pensar... será que é isso então? A Universidade é só um período de piração para adaptação da realidade? A gente entra lá pra saber de umas meias verdades do mundo, pirar com ela, pois sim, ela é muito sinistra, e depois ver uma forma de melhor se adequar à ordem vigente? Onde foram parar meus sonhos? E por que as pessoas gostam tanto de aparecer? A mudança é muito boa, pois nos leva pra mais próximo do poder. Talvez seja essa a mudança que motiva as pessoas, as lutas, a maior parte delas luta mesmo, mas para se encaixar, pra ver se consegue uma bocadinha. Triste não?
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